quinta-feira, 17 de maio de 2007

VIABILIDADE DE UM SURFÓDROMO MARAJOARA COMO VEÍCULO DE SUSTENTABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL NA ILHA DO MOSQUEIRO




RESUMO

No Brasil, o Projeto de fundo artificial é uma idéia que a Prefeitura do Rio de Janeiro e a COPPE/UFRJ,estão implementando no Estado Fluminense, e foram os precusores neste tipo de empreendimento e tecnologia prevendo a sua implementação na praia da Macumba-RJ. No entanto, este tipo de metodologia já é realidade em Queensland, na Austrália, e na Califórnia, nos Estados Unidos. O SURFÓDROMO( Artificial Reef) é caracterizado por um estrutura artificial que, uma vez submersa sobre o fundo de areia de uma praia, a uma profundidade entre 2m e 7m, essa "plataforma móvel", com cerca de 80m de comprimento por 65m de largura e 3m de altura (dimensões máximas), modifica a forma das ondas, permitindo a prática do surf, independente das condições do mar ou da instabilidade do tempo. Em outras palavras, são verdadeiras arenas esportivas, que podem ser alugadas para a realização de campeonatos mesmo em praias de ondas fracas, onde ninguém jamais pensaria em surfar(Planeta COPPE, 2006). A viabilidade de construção de um surfídromo na Ilha de Mosqueiro, seria um aliado na busca da sustentabilidade ambiental do Distrito localizado na Região Metropolitana de Belém. Esta localidade, representa um polo turístico que deveria ser mais explorado em função da diversidade de vários segmentos de mercado. Neste sentindo a construção de um mecanismo de atração de turistas, agregando a comunidade local e aquecendo o mercado interno da Ilha seria a construção do fundo artificial - SURFÓDROMO. Este desenvolvimento estaria baseado além da atração turística, na criação de novos pólos de trabalhos gerados pelo próprio markenting do surf, aquecendo o ramo hoteleiro, a infra-estrutura de transportes e de urbanização de Mosqueiro, proporcionando a geração de renda da comunidade local. Tendo como logística desenvolvimentista a sustentabilidade; o empreendimento atuaria como elemento de integração sistêmica no aspecto social(com a agregação da comunidade local gerendo emprego), político(com o favorecimento de políticas públicadas voltadas a atividade turística e de infra-estrutura), econômico(mercado de lojas de surfware, restaurantes, hotéis, etc...) e ambiental(tendo como base a preservação e consevação do meio ambiente local, baseados na Educação Ambiental da comunidade da Ilha). Para a execução do empreendimento seria necessário um estudo prévio, a fim de identificar e qualificar a frequência de ondas, ou seja, um ponto estratégico. Prevendo a viabiliade de uma estrutura ecologicamente correta e economicamente viável. A construção deste empreendimento, a princípio, estária localizado na praia do Murubira, por dispor de uma frequência de ondas razoáveis para a execução do fundo artificial. No entanto, não se descarta a viabilidade de outros locais, pois para a pratica do surf as ondas devem ultrapassar em média 1,0 a 1,5 m de altura. Como a Ilha do Mosqueiro é banhada pela Baia do Marajó, e em suas praias não há influencia dos oceanos, isto é, são "praias de rio", a escolha do local é relativa, dependendo apenas do acesso e das horas de cheia/baixa de maré. Consequentemente, em certos períodos a arrebentação de ondas teria uma baixa frequência esta interferência não seria um obstáculo para a geração de ondas com a construção do SURFÓDROMO. Pois, com a construção do fundo artificial esta frequência teria a sua projeção duplicada, mesmo em período de maré baixa. Vale ressaltar que, para a viabilidade deste empreendimento, tendo um caráter inovador na região, o principal foco é o desenvolvimento sustentável com uma integração multissetorial do Distrito de Mosqueiro. Neste âmbito, seriam necessário estudos prévios das frequência ondulatórias, o modelamento de esrtruturas ecologicamente corretas, levantamento sócio-ambiental, estudos de impactos no ecossistema do local, ect...


Autores:
Roberto Eduardo Bastos Lisbôa

Presidente da Federação Paraense de Surf - FEPASURF
Turismólogo, UFPA
Pós-Graduado NAEA/UFPA
FEPASURF
fepasurf@oi.com.br


Érico Gaspar Lisbôa
Engenheiro Civil, UFPA
Pós-Graduando em Gestão Ambiental NUMA/UFPA
engadm.gestaoambiental@gmail.com.br
ENGADM Gestão Ambiental


Mariana Menezes Vanzin
Administradora em Agronegócios, IESAM
Pós-Graduando em Gestão Ambiental NUMA/UFPA
engadm.gestaoambiental@gmail.com.br
ENGADM Gestão Ambiental